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605 Forte

O meu Mundo frase a frase. Ironia e sarcasmo usados sem aviso prévio.

Manifesto Pró-Camões

por F., em 25.03.18

Não sou dado a patriotismos, mas a defesa da Língua Portuguesa é, antes de mais, um acto de civismo. Circula pelo Facebook uma imagem com a diferença da conjugação verbal do inglês para o português e a multiplicidade de opções que a nossa língua oferece. É evidente que a Língua Portuguesa é difícil. Dirão os mais incautos que é a tendência lusitana para complicar o que os outros simplificam. Direi eu que, quantos mais vocábulos e opções tivermos para expressar as nossas ideias, mais ideias poderemos expressar. Estatisticamente, diria que será mais fácil um macaco escrever algo brilhante em inglês ao carregar aleatoriamente nas teclas de um computador do que se o fizer em português. Deste modo, não defender a Língua Portuguesa, isto é, não escrever de acordo com as regras da Gramática apenas porque se tem preguiça (o que é também uma ideia falsa. Dá tanto trabalho escrever bem como escrever mal) é um atentado contra a liberdade e contra o maior Património vivo que temos no nosso país. Repito: não é uma questão de patriotismo (como não é uma questão de patriotismo não vandalizar o Mosteiro dos Jerónimos). É uma questão de civismo.