Vai e Vem
Gosto de ir apenas porque gosto mais de voltar.
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Gosto de ir apenas porque gosto mais de voltar.
Um dos problemas dos dias de hoje é que acreditamos em menos coisas do que aquelas em que escolhemos acreditar. Não é um problema de coerência da argumentação ou intensidade na luta por uma causa. É apenas a diferença entre defender um castelo ou uma casa de palha. Até podemos cerrar os dentes, mas continua a ser uma casa de palha.
O trabalho de um político é, fundamentalmente, conversar. Se os políticos não conseguem conversar, de que nos serve ter políticos?
Coloquei no waze o caminho entre mim e o teu coração. Mandou-me dar uma grande volta.
Quando se fala nos problemas de Portugal, noto uma tendência recorrente em cair no discurso sobre a mentalidade tacanha e conformista dos portugueses, o que é óptimo porque coloca o prelector num patamar de distinto virtuosismo. Portugueses de outra cepa. Pessoalmente, nunca achei que Portugal tivesse mais parvos por metro quadrado do que as outras nações. Acredito, isso sim, que o problema está em acharmos que os outros são todos parvos. Mas isto também é só a opinião de mais um parvo.
Tanta coisa com os debates contra Trump e chega lá um DJ e dá-lhe um baile (o que, diga-se, abona muito a seu favor enquanto DJ).
O que eu acho mais incompreensível numa guerra é que se usem as armas para matar os inimigos e não os colegas. Repare, estimado leitor, em que, sendo sempre horrível matar alguém, há uma distinção psicológica e, subsequentemente, criminal entre assassinar alguém que não se conhece e matar alguém conhecido por uma razão fundamental: só pode haver um motivo se conhecermos ou reconhecermos o outro. No espectro de loucura que é já em si uma guerra, não teria mais atenuante enfiar um balázio no meu colega do lado porque cheira mal dos pés ou me olha meio de lado do que num desconhecido qualquer que está para ali naquela direcção?
De que serve ter o coração quente se os pés estiverem sempre frios? Chamem um técnico, por amor de Deus!
Não é difícil ser-se bom quando ninguém foi mau. A dificuldade de praticar o bem manifesta-se quando, mais cedo do que tarde, o mal é cuspido na nossa direcção. Tinhas toda a razão, Rousseau.
A maior distância jamais percorrida por alguém é aquela que preenche o pequeno caminho de volta entre o próprio e um beijo rejeitado.